sábado, 8 de dezembro de 2018

José, o Cruzado da Luz


Sem dúvida, São José é o maior Santo da História, dotado com uma vocação mais alta que a dos Apóstolos e a de São João Batista, como apontam autores abalizados. Esta afirmação se apoia no fato de o ministério de São José estar intimamente unido à Pessoa e missão redentora de Nosso Senhor Jesus Cristo, participando de modo misterioso, conforme será tratado em momento oportuno, o plano hipostático. Tal proximidade com Deus feito Homem permitiu-lhe beneficiar-se como ninguém, depois de Nossa Senhora, dos efeitos da Encarnação, tendo sido santificado de forma superabundante por esse Menino Divino que o chamaria de pai, embora São José não tenha concorrido para sua geração natural.
Também não era conveniente que o escolhido para ser o esposo virgem de Nossa Senhora não estivesse à altura da criatura mais pura e mais santa saída das mãos de Deus. Em função disso, pode-se aventar a hipótese de ele ter sido santificado desde sua concepção, como sua Esposa? Estas e outras considerações relativas ao Santo Patriarca atrairão nossa atenção ao longo destas páginas.
De fato, muitas verdades ainda não manifestadas sobre a pessoa de São José devem ser proclamadas do alto dos telhados, a fim de deixar patente a grandeza oculta desse varão. Tanto mais que, nesta hora de crise e de tragédia na qual se encontra o mundo e a Igreja, sua figura há de tomar um realce providencial.
O casto esposo de Maria aparecerá em todo o seu esplendor, como nunca antes na História, para que os fiéis recorram a ele enquanto insigne defensor dos bons.
Sim, São José já foi proclamado Patrono da Santa Igreja, mas ainda não mostrou à humanidade a força de seu braço. Tempus faciendi! Estão chegando os dias em que, sob o amparo do pai virginal de Jesus, os escolhidos de Deus farão grandes proezas a fim de instaurar o Reino de Cristo sobre a terra, Reino de paz e de pureza, Reino também, por que não dizê-lo, de Maria e de José.
Mons. João Clá Dias – Trecho extraído do livro São José: Quem o conhece?

quarta-feira, 5 de dezembro de 2018

São José: vitória do bem sobre o mal


Ao enviar seu Filho ao mundo, o Pai bem sabia que Ele estaria cercado do ódio desenfreado e mortal dos maus, como evidenciará o sangrento episódio do martírio dos Santos Inocentes ordenado por Herodes. Entretanto, não O fez nascer num inexpugnável castelo construído sobre a rocha, não O muniu de exércitos numerosos e disciplinados, nem Lhe concedeu uma companhia de guardas que O escoltassem. As soluções de Deus são sempre mais belas!
O pequeno Jesus já estava amparado pelo afeto da melhor das mães, mas para defendê-Lo de tantos riscos um só homem foi escolhido: José, a quem o próprio Padre Eterno elegeu para ser, nesta terra, o pai virginal de Jesus. Ele será o braço forte do Todo-Poderoso para custodiar e salvar dos mais variados perigos o Filho de Deus e sua Mãe Santíssima.
Por isso, São José foi um varão dotado de altíssima sabedoria, de vigor indomável e de ilibada inocência. Ninguém, em toda a História, aliou como ele a mais fina esperteza à mais íntegra pureza, constituindo-se em peça chave da vitória do bem sobre o mal.
Mons. João Clá Dias – Trecho extraído do livro São José: Quem o conhece?

domingo, 12 de março de 2017

Oração a São José

Ó gloriosíssimo e suave São José, Patriarca e Chefe da Sagrada Família, que estais acima de tudo depois de Maria Santíssima, já que Vós fostes o Guia e Condutor dos passos de Jesus Infante, mostrai-nos o caminho a seguir para fazer com que o céu fique mais próximo de nós.
Mons João Clá Dias – 8/03/2017

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Ó amadíssimo São José

“Dignai-vos, ó amadíssimo São José, aceitar a consagração que de mim mesmo vos faço. A vós me consagro inteiramente, a fim de que sejais sempre meu Pai, meu Protetor, meu Guia no caminho da salvação. Impetrai-me uma grande pureza de coração e grande amor à vida interior. Fazei com que, a vosso exemplo, todas as minhas ações se dirijam para a maior glória de Deus, em união com o Coração Divino de Jesus, com o Coração Imaculado de Maria e convosco. Finalmente rogai por mim a fim de que possa ter parte na paz e alegria que gozastes na vossa santa morte.” 
“E Vós, Senhor, que na vossa inefável providência Vos dignastes escolher o Bem-aventurado José para esposo de vossa Santíssima Mãe, concedei-me propício que mereça ter como intercessor no Céu àquele a quem na Terra venero como meu Protetor.”   

Pe. Thiago Maria Cristini, C. SS. R., “Meditações para todos os dias do ano tiradas das obras de Santo Afonso Maria de Ligório, Bispo e Doutor da Igreja”, Herder e Cia., tomo II, págs. 44 - 47, Friburgo em Brisgau, Alemanha, 1921.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

São José, dai-me a graça

“Ó São José, Patrono da Igreja, pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, eu vos peço: dai-me a graça de ter a santa sofreguidão que vós tivestes para encontrar o melhor dos lugares para o nosso Redentor e para sua Mãe Santíssima, e que eu tenha, na minha alma, preparado o melhor dos lugares para eles.

Mons João Clá Dias – 2/12/1999

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Na coorte dos Santos, o primeiro abaixo de Nossa Senhora


Ao lado de todas as glórias que se acumularam sobre ele, São José recebeu, já nesta Terra, um prêmio inestimável: é o patrono da boa morte.
Com efeito, dir-se-ia que ele teve um passamento de causar inveja, pois faleceu entre os braços de Nossa Senhora e os de Nosso Senhor, que o cercaram de todo o carinho e consolação na sua última hora. Não se pode imaginar morte mais perfeita, com Eles ali, fisicamente presentes. De um lado, Nosso Senhor cumulava seu pai adotivo de graças cada vez maiores, à medida que a alma de São José continuava a se santificar nos derradeiros transes da agonia. De outro, Nossa Senhora lhe sorria com respeito, e procurava aumentar-lhe a confiança:
— Meu esposo! Lembre-se de que tudo se cumprirá. Coragem! vamos para a frente!
Em determinado momento, São José exala o último suspiro, e o Limbo se abre para a alma dele. Ali ficaria ele até o instante, entre todos bendito, em que a alma santíssima de Jesus, que morrera crucificado, desceu ao encontro daqueles eleitos, a fim de colocar um jubiloso termo na sua grande espera. Alguns — Adão e Eva, por exemplo — lá se achavam desde os primórdios da humanidade, aguardando durante milênios o Redentor que os levaria para a eterna bem-aventurança.
E o Messias veio. Podemos bem imaginar que toda a coorte do Limbo se reuniu em torno de São José para receber o Salvador. E que Este, tão logo ali se mostrou, resplandecente de glória, tendo perdoado e redimido o gênero humano, manifestou-se de modo especial a São José, como que exclamando: “Oh! meu pai!”
Era o ápice do cumprimento de todas as promessas, a perfeita realização de um chamado que passou por indizíveis perplexidades e incomparáveis glórias. E São José, esposo de Maria Virgem, pai adotivo de Jesus, declarado Patrono da Igreja, ocupa no Céu um lugar tão eminente que recebe o culto de protodulia. Ou seja, abaixo de Nossa Senhora — a qual merece a devoção de hiperdulia — é ele o primeiro a ser venerado na extensa hierarquia dos Santos.

Grandiosa recompensa à qual fez jus esse varão que praticou em grau elevadíssimo a virtude da confiança.