Sem dúvida, São José é
o maior Santo da História, dotado com uma vocação mais alta que a dos Apóstolos
e a de São João Batista, como apontam autores abalizados. Esta
afirmação se apoia no fato de o ministério de São José estar intimamente unido à
Pessoa e missão redentora de Nosso Senhor Jesus Cristo, participando de modo
misterioso, conforme será tratado em momento oportuno, o plano hipostático. Tal
proximidade com Deus feito Homem permitiu-lhe beneficiar-se como ninguém, depois
de Nossa Senhora, dos efeitos da Encarnação, tendo sido santificado de forma
superabundante por esse Menino Divino que o chamaria de pai, embora São José
não tenha concorrido para sua geração natural.
Também não era conveniente
que o escolhido para ser o esposo virgem de Nossa Senhora não estivesse à
altura da criatura mais pura e mais santa saída das mãos de Deus. Em função disso,
pode-se aventar a hipótese de ele ter sido santificado desde sua concepção,
como sua Esposa? Estas e outras considerações relativas ao Santo Patriarca
atrairão nossa atenção ao longo destas páginas.
De fato, muitas
verdades ainda não manifestadas sobre a pessoa de São José devem ser
proclamadas do alto dos telhados, a fim de deixar patente a grandeza oculta
desse varão. Tanto mais que, nesta hora de crise e de tragédia na qual se
encontra o mundo e a Igreja, sua figura há de tomar um realce providencial.
O casto esposo de Maria
aparecerá em todo o seu esplendor, como nunca antes na História, para que os
fiéis recorram a ele enquanto insigne defensor dos bons.
Sim, São José já foi
proclamado Patrono da Santa Igreja, mas ainda não mostrou à humanidade a força
de seu braço. Tempus faciendi! Estão chegando os dias em que, sob o amparo do pai
virginal de Jesus, os escolhidos de Deus farão grandes proezas a fim de
instaurar o Reino de Cristo sobre a terra, Reino de paz e de pureza, Reino
também, por que não dizê-lo, de Maria e de José.
Mons. João Clá Dias – Trecho extraído
do livro São José: Quem o conhece?