As
dificuldades não haviam abandonado as sendas pelas quais caminharia São José.
Basta recordar, por exemplo, as recusas de que foi objeto nas estalagens de
Belém, quando procurava abrigo para Nossa Senhora, na iminência do nascimento
do Menino-Deus. Ou então a fuga para o Egito.
“Fuga para o Egito”...
Quatro palavras que a nós parecem banais: toma-se um avião e em pouco tempo se
vai de Jerusalém ao Egito. Não era assim no tempo em que São José, recebendo o
aviso de que o cruel Herodes procurava matar o recém- nascido
Rei dos judeus, foi obrigado a tomar a Mãe e o Menino e com eles partir para a
terra dos faraós.
Uma viagem incerta,
longa, através de desertos onde se ocultavam toda sorte de perigos: das feras
famintas aos ladrões e salteadores, capazes de não só roubar e matar, como
também de levar os viajantes em cativeiro, a fim de comercializá-los nos
mercados de escravos. E São José, com seu coração de fogo, sua previdência e
força varonil, enfrentou todos esses obstáculos, levando Nossa Senhora sobre um
burriquinho e, ao colo d’Ela, o Menino Jesus, o Deus que quis ser fraco nos
braços e nas mãos do glorioso Patriarca.
Costuma-se apreciar e
louvar, com justiça, a vocação de Godofredo de Bouillon, o vitorioso guerreiro
que, na Primeira Cruzada, comandou as tropas católicas na conquista de
Jerusalém. É uma linda proeza! Ele é o cruzado por excelência.
Porém, muito mais do que
retomar o Santo Sepulcro é defender o próprio Nosso Senhor Jesus Cristo! E
disso São José foi gloriosamente encarregado, tornando-se o cavaleiro-modelo na
proteção do Rei dos Reis e Senhor dos Senhores.
Nenhum comentário:
Postar um comentário